terça-feira, 14 de outubro de 2008

Variação linguística

Dia 24 de abril iniciamos nossa aula com a leitura da crônica "O Gramático" de Humberto de Campos trazida pela minha amiga e professora Lucilene e como sempre uma interessante contribuição para a reflexão do funcionamento da linguagem. Uma das preocupações dos professores é o como no ensino da gramática.
Além das dificuldades enfrentadas pelo professor em sala de aula, somamos e debatemos a participação da família na formação integral do aluno, especificamente 'A família pós moderna'. Foi dividido em grupos para que argumentos 'a favor' e 'contra' fossem trabalhados.
Nas aulas dos dia 08 e 15 de maio estudamos o fascículo 5 'Variação Linguística', Marcos Bagno. Um primeiro exercício foi uma reflexão e percepção de como eu falo?

Compartilhamos a leitura de um texto que discute o "certo" e o "errado" na língua, apresenta a visão de alguns linguistas em relação aos gramáticos essencialmente normativistas, e ainda a questão dos estrangeirismos. Há um momento do texto que trata das 'efasias' entre "o normal e o páthos" (crítica aos modos diferentes de falar). E, por último, o estudo da língua por meio de variações sociais, regionais, individuais (dialeto, socialeto, ideoleto ...). Toda a discussão tem por objetivo valorizar o idioma com suas variedades observando os aspectos orais e escritos.
A professora Liliane compartilhou com a turma a leitura de um conto "Nóis mudemo" de Fidêncio Bogo que ilustra liricamente as consequências do preconceito linguístico.
O que é variação? "Formas diferentes de dizer a mesma coisa" A variação linguística está estreitamente relacionada com a variação social. "Cada grupo social apresenta uma cultura própria, um conjunto de crenças e valores que lhe são característicos, uma visão de mundo compartilhada por seus membros, um repertório de saberes e habilidades práticas e também, como não poderia deixar de ser, um modo próprio de falar sua língua materna." Os principais elementos que norteiam a pesquisa línguística de determinados grupos sociais são o status econômico, o grau de escolarização, a idade, a origem geográfica, o sexo, o mercado de trabalho e as redes sociais.
As pesquisas linguísticas feitas no Brasil, segundo o fascículo 5, "têm mostrado que o fator social de maior impacto sobre a variação linguística é o grau de escolarização, o qual, em nosso país, está muito ligado ao status socioeconômico: a escola de qualidade e a possiilidade de permanência mais prolongada no sistema educacional são bens sociais limitados às pessoas de renda econômica mais elevada".

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